quarta-feira, 15 de junho de 2011

Temperatura no lesado medular

Gente, andava muito triste, afinal a algum tempo atrás vivia em estado febril e agora sinto um frio que dói.

Minha história é nova e meio largada, não tenho especialistas que me orientam da maneira correta, então tento buscar informações na Net. 

Já algum tempo sigo este lesado que cito o site, onde com suas postagens consigo alguns esclarecimentos.  E hoje lendo sobre a "temperatura no lesado medular" foi como se entendesse tudo o que estava acontecendo comigo.

Partilho com vocês que tem algum problema como esse também ou simplesmente querem saber  o que anda acontecendo comigo.

beijinhos

 

 

Temperature Regulation – Poikilothermic And Poikilothermia

Um Ser humano saudável é capaz de manter uma temperatura corporal constante de aproximadamente 35.8C independente da temperatura do ambiente. Em um ambiente quente, o corpo envia um sinal ao cérebro através da medula espinhal para dizer que o corpo é o superaquecimento, o cérebro envia um sinal de volta para a medula espinhal e diz ao corpo para refrescar-se pelo suor que evapora e resfria a pele . No tempo frio, o organismo sente a temperatura mais baixa e nosso cérebro nos diz para colocar mais roupa para nos aquecer.
Regulamento da temperatura na lesão medular
A maioria das pessoas com lesão medular completa não suam abaixo do nível da lesão e muitos tetraplégicos não podem suar mesmo acima da lesão (embora possam suar devido ao Disreflexia autonômica). Com a perda da capacidade de suar ou da vasoconstrição dentro dos dermátomos afetados o paciente se torna poiquilotérmicos e necessita de um controle rigoroso das suas condições ambientais. Portanto, se um paraplégico ou tetraplégico é levado a uma temperatura exterior mais de 32,2C, especialmente quando a umidade é alta, a temperatura do corpo vai começar a subir (Poikilothermia). Da mesma forma em um ambiente frio, o organismo não é capaz de obter as mensagens ao cérebro que o corpo está a arrefecer, e se não tratada, a pessoa irá em breve tornar-se hipotermica.
Resfriamento na  lesão medular
Uma das melhores maneiras para uma pessoa com uma lesão na medula espinhal para resfriar é ter uma toalha molhada fria enrolada na parte de trás do pescoço. A pele também deve ser umedecida para permitir que a água evaporar da pele, e portanto resfriando o corpo.É um pouco como o suor artificial. Se eu sair de férias, eu levo um spray de água comigo, pulverizo minha cabeça e os ombros com água fria, se eu acho que estou ficando muito quente.
Alguns dos sintomas de superaquecimento que tetraplégicos como eu C5/C6 sofrem são: dor de cabeça, congestão nasal, cansaço e redução da concentração. A forma como eu trato o super aquecimento é beber bastante líquido gelado, comer regularmente, coloque uma toalha molhada fria na parte de trás do pescoço, e pulverize o rosto com uma névoa de água. Para a congestão nasal, eu uso um descongestionante nasal, e é surpreendente quão efetivo isto pode ser para o resfriamento do corpo. A mais óbvia é também de se sentar à sombra!
Super Aquecendo na lesão medular
Se eu ficar muito frio, a única coisa que posso fazer é sentar-se perto do fogo e colocar muita roupa, e beber líquidos quentes para trazer de volta a minha temperatura central até normal.
Claro, se eu me sentar em frente ao fogo por muito tempo, eu fico muito quente e nós temos que começar a partir do topo de novo!

Tradução: Google
Fonte: Apparedyzed

http://serlesado.com.br/?p=1233

Sempre fui uma pessoa de muitos sonhos, hoje não quero viver de ilusão

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibzOSuuV775X8sQet3uFID_HXHCAdKuZOdF-VjXW_ixZu7LufGJHl8mkig3cZSYEPcM3lOSt_r0ptOWpCYoiT-gJ8WY9UumhbBmJ8YZX9RohIMqEVKaLWJhgpZA_pCO_gHx_7gPL9KXG0/s1600/destino.jpg
Não quero mais viver de ilusão, não quero pensar mais e desejar coisas irreais. Meus desejos têm limites e não é por opção e sim aceitação. Sei que não sou mais capaz de realizar coisas que antes desejava, de mudar o mundo por onde passasse, de fazer a diferença por onde andasse.
Meus amigos e  famíliares parecem querer fazer projetos para mim, tipo: faz uma revista, abre uma ONG, faz alguma coisa, etc ...não estou preparada ainda pra fazer nada, não quero fazer nada. Antes tenho que me conhecer, conhecer essa nova vida, conseguir ter a percepção dos meus limites.
Quero desejar coisas que saberei que realizarei, que vou conseguir conquistar.
Enfim é isso aí!!!

sábado, 11 de junho de 2011

Como surgiu o dia dos namorados no Brasil – Por Ruzel Costa


O dia 12 de junho, para muitos é considerado um dos dias mais “românticos” do ano. Seria pelos presentes ou pelo amor, carinho ou cumplicidade dos casais?
 O dia dos namorados é conhecido em grande parte do mundo como o dia de São Valentim ou Valentine’s Day ou Dia de Valentino.
 Sua origem possui possíveis versões baseadas na tradição cristã e na igreja católica. A Igreja Católica reconhece três santos com o nome de Valentim, todos lembrados em 14 de fevereiro.
Entre as várias lendas que surgiram ao longo dos séculos, a versão mais propagada conta que, por volta do ano 270, o imperador romano Claudius II proibiu a celebração de casamentos, pois acreditava em que os homens solteiros seriam melhores combatentes em tempos de guerra. Um padre de Roma, Valentino, não concordado com a proibição, seguiu casando seus paroquianos  mesmo, às escondidas. Descoberto foi preso e condenado à morte por decapitação no dia 14 de fevereiro.
Para celebrar a coragem do padre, que depois se tornou santo, a data de sua morte passou a ser comemorada como o Dia dos Namorados.
 A Igreja Católica deixou de celebrar o dia de São Valentim em 1969 por duvidar de sua identidade e até mesmo de sua existência.
No Brasil, a origem da data não foi muito romântica, sendo escolhido o dia 12 de junho a partir de 1949, quando um dos pioneiros da publicidade brasileira o baiano João Dória (1918-2000) trouxe a idéia do exterior e a apresentou aos comerciantes paulistas. Como junho era um mês de baixas vendas no comércio, decidiram comemorar a data, escolheram a véspera de Santo Antônio, o santo casamenteiro.
 O  slogan da campanha publicitária era:   “Não é só de beijos que se prova o amor”, assim a  agência criou o dia, com o dos namorados no Brasil.   
Para felicidade dos comerciantes a moda “pegou” e nos anos seguintes passou a se comemorar o dia 12 de junho como sendo o dia dos Namorados no Brasil.
Felicidades aos casais nesse e em todos os dias do ano.
Fonte: http://www.rondoniaovivo.com/noticias/como-surgiu-o-dia-dos-namorados-no-brasil-por-ruzel-costa/76334

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Exame do Liquor - Mais um exame que terei que fazer.

 
O exame do líquor, líquido que banha o cérebro e a medula espinhal, é essencial na investigação de várias doenças, como doenças infecciosas, parasitárias, tumorais e degenerativas. Algumas infecções podem atingir o sistema nervoso central, e o exame do líquor é uma ótima ferramenta para os médicos saberem se a infecção atingiu as membranas do sistema nervoso central.

Qual a função do líquor?
Podemos dizer que o líquor sustenta e “amortece” o cérebro e a medula espinhal. Assim, em movimentos enérgicos da cabeça e do corpo, até certo ponto, o sistema nervoso central fica protegido dos impactos pelo “colchão” proporcionado pela presença do líquor.
Outra função importante exercida pelo líquor é suprir o sistema nervoso de nutrientes e remover resíduos do metabolismo, outras substâncias e drogas que alcançam o cérebro através do sangue.
As células do sistema de defesa e anticorpos também circulam através do líquor.  O líquor normal possui aspecto semelhante à água, é límpido, possui pequenas quantidades de proteínas, glicose, potássio, cloreto de sódio e células.
Como é feita a colheita do líquor?
A colheita do líquor é feita através de punção lombar ou suboccipital (logo abaixo do crânio). É sempre realizada por um médico, em condições de esterilidade.
Na punção lombar, o paciente é colocado deitado, de lado, com o pescoço para baixo e as pernas encolhidas. O médico então palpa a coluna do paciente para localizar a quarta e a quinta vértebras lombares, faz a desinfecção dessa região e introduz a agulha de punção entre a quarta e a quinta vértebras lombares. O líquido drenado é colocado nos tubos de ensaio e enviado para o laboratório para análise. Para a realização do exame, é feita uma anestesia local para que o paciente não sinta dor. Após a punção, o médico comprime o local com as mãos e faz um curativo.
O líquor retirado durante a punção não faz falta para o corpo?
A quantidade de líquor retirada durante o exame é pequena e não traz nenhuma repercussão para o paciente. O que pode acontecer é um pequeno vazamento de líquor pelo “caminho” da agulha, que não é visto externamente, mas internamente. Esse vazamento pode dar uma dor de cabeça que é conhecida como “cefaléia pós-punção”. Para evitar a ocorrência dessa dor de cabeça, o paciente é orientado a permanecer deitado com a cabeceira baixa por um período de algumas horas após o exame.
A dor de cabeça após a punção
A principal complicação da punção lombar é uma dor de cabeça na região frontal da cabeça ou atrás da cabeça, que ocorre em 10 a 30% dos casos. Essa dor de cabeça tem início de 12 a 48 horas após ao procedimento, e pode durar vários dias, até mesmo semanas. Em geral ela piora na posição ereta e é aliviada quando a pessoa deita.
A síndrome de cefaléia pós-punção lombar pode causar dor na nuca e coluna, dormência nas pernas, rigidez do pescoço, vômitos e náuseas, visão turva, tonturas, vertigem ou zumbido. TODOS esses sintomas são aliviados por simples medidas posturais, ingestão de líquidos e analgésicos.
O que o paciente deve fazer após a punção lombar?
-  Ficar em repouso e beber muito líquido
-  Se mesmo com esses cuidados o paciente tiver dor de cabeça (que é forte, acontece quando a pessoa levanta e melhora quando ela deita), deverá ficar em repouso absoluto por 48 horas, deitado, de preferência de barriga para baixo.
-  Informe seu médico sobre a ocorrência de qualquer efeito colateral.
Pressão do líquor
É possível estimar a pressão intracraniana através da punção lombar. Quando há um aumento da pressão do líquor, isso significa que a pressao dentro do crânio está aumentada, o que normalmente ocorre em processos expansivos, meningites e encefalites. Quando o médico suspeita de um processo expansivo no sistema nervoso, ele não realiza a punção lombar sem que antes seja feita uma tomografia, pois a punção lombar é perigosa nesses casos. Na suspeita de hemorragia abaixo de uma das membranas que reveste o cérebro e a medula, a aracnóide, o médico também realiza uma tomografia antes de fazer a punção, pois essa hemorragia (hemorragia subaracnóidea) pode ser reativada pela punção lombar.
Aspecto do líquor

O líquor normal é transparente e incolor, como uma “água de rocha”. Colocado em repouso no tubo de ensaio, ele não se coagula nem forma precipitado. Já o líquor anormal pode ser:
  • Líquor “fibrinoso”: O líquor neste caso é claro, mas quando fica em repouso no tubo, forma uma malha semelhante à teia de aranha. Ocorre frequentemente na meningite por tuberculose.
  • Líquido turvo: Ocorre frequentemente na meningite purulenta.
  • Líquido com pus: Representa um grau avançado de meningite purulenta.
  • Líquido hemorrágico: Caberá ao médico distinguir se o sangue está realmente presente no espaço subaracnóideo, local onde a punção foi realizada, ou se é apenas sangue da ruptura de uma pequena veia durante o ato da punção.
  • Líquido xantocrômico: Esse tipo é visto nos dias subseqüentes a uma hemorragia em alguns locais do sistema nervoso. Também é visto na icterícia no recém-nascido.

Exame químico, citológico e bacteriológico do líquor
O líquor normalmente possui pequenas quantidades de proteínas, cloreto, glicose e uréia. Alterações das quantidades normais dessas substâncias ajudam o médico na elucidação do diagnóstico. Em casos de meningite bacteriana aguda, por exemplo, há uma redução da taxa de glicose no líquor, ao passo que em infecções por vírus a taxa de glicose está normal.
Da mesma forma, no líquor normal existem pouquíssimas células, e a grande maioria dela são linfócitos, um tipo de glóbulo branco que destrói organismos estranhos e células infectadas.
O aumento do número de células no líquor pode acontecer em algumas doenças. Por exemplo, nas meningites por vírus, na meningite tuberculosa e neurossífilis há um aumento de células no líquor com predomínio de linfócitos. Nas meningites bacterianas, há um aumento do número de células no líquor com predomínio de granulócitos.
Células de tumores também podem ser pesquisadas no líquor, através da citologia oncótica, e podem indicar metástases de cânceres. Os cânceres que geralmente se espalham para o sistema nervoso são câncer de mama, pulmão e estômago. A leucemia linfóide aguda também compromete com freqüência o sistema nervoso central.
Também são pesquisadas bactérias, bacilos e fungos no líquor, e feitos alguns testes para encontrar o agente infeccioso.
Algumas doenças que podem alterar o líquor:
-  Meningites
-  Infecções viróticas
-  Tumores ou abscessos cerebrais
-  Pseudotumor cerebral
-  Encefalopatia saturnina
-  Neurossífilis parética
-  Síndrome de Guillain-Barré
-  Hemorragia cerebral
-  Tumor medular
-  Trombose cerebral

Sabe aquela sensação...


domingo, 5 de junho de 2011

É assim que estou me sentindo hoje

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij2p24SpkSdGq-pVX19BCR37co_FsBX7Rj5PzVASTSTG7zOqBvtRqekoHzfSCK-DaNQSaqUWhhK38XUjO5m2p35z8y44jReH6YFDsZqXatc0Gv-HEswLO5UNQzaXUYNBjYX0tk3b1zsuSx/s1600/ser-um-cristao-autentico-e-preciso-sair-de-cima-do-muro.jpg 
Sempre me perguntam se não tenho saudade da casa onde morava ate a três anos atrás.
Acho que de tanto perguntarem esses dias comecei a sentir saudade, não da casa física, mas dos momentos que vivi nela.
Foi uma casa de muitos encontros, muitas comemorações, muita felicidade.
Qualquer coisa era motivo de festa, mas não sei se é casa, acho que era o momento em que estava vivendo.
Hoje procuro ser otimista, sou uma pessoa de muita fé, mas tenho que ter consciência que muita coisa mudou.
Hoje não consigo organizar uma reunião como antes então perdeu o encanto, pois para mim o antes e depois fazia parte da confraternização.
Não consigo mais ficar muito tempo na cozinha fazendo quitutes, decorando a mesa, separando copos (sou apaixonada por copos). Pensava em todos os detalhes, no tapete da entrada, na iluminação, etc.
Não tem o mesmo prazer ligar e pedir coisas prontas, é como se faltasse algo.
Hoje quando vem amigos procuro praticidade mesmo sabendo que não isso não me dá prazer. Já desfiz de muitas coisas que tinha, precisei diminuir as coisas quando precisei deixar minha casa para morar em apartamento.
Apartamento é sinônimo de praticidade, hoje entendo isso, as pessoas têm que ser práticos mesmos afinal não tem onde guardar tanta coisa como de quem mora em casa.
Meu quarto é mínima coisa maior do close que tinha na casa. Minha cozinha era do tamanho da minha sala com a cozinha e a lavanderia juntas. Enfim, tudo era muito grande e hoje precisei compactar minhas coisas, minha vida, meus sonhos e desejos.
Isso mesmo, minha vida toda foi compactada, quero dizer que minha vida parece que ficou pequena sem brilho, sem expectativas.
Não gosto de falar de sentimento, tenho ate muitas dificuldades , estou só avaliando , comparando como era e como esta agora.
Muita coisa em minha vida mudou e ate meus amigos mudaram. Antes eu falava que tinha muitos amigos, mas...
Alguns ainda são, mas outros parecem que fugiu de mim como o diabo foge da cruz, afinal era uma amiga ágil, elétrica que saia, resolvia, ajudava a todos e hoje essa pessoa não existe mais. Muitas vezes encontro pessoas que conviviam comigo e elas desviam o olhar para não precisar vim falar comigo. Coitadas talvez sejam por não saberem o que falarem, como agir, como se explicar pelo vácuo que deixou na amizade.
Pensando bem se essa pessoa que fazia tudo isso não existe mais; festas, reuniões, saia, resolvia, ajudava, se doava, etc., seus amigos também não existem mais, isso mesmo, tenho que pensar exatamente assim, aquilo era de outra vida, hoje a minha vida é outra.
Não tenho como continuar, tenho que esquecer ou não viver de ilusão que poderá ser como antes. Nada mais vai ser como antes. Hoje tenho outra vida, outro tudo. Novas adaptações foram feitas e outras ainda terão de ser , adaptações de espaços e sonhos (se é que é possível). Hoje não posso fazer projetos, meus desejos são sufocados. Muitas vezes tenho vontade de gritar, chorar, mas não me dou este direito.
Sou forte , não sabia que era tanto, mas tenho meus momentos de fraqueza, de tristezas. Tenho que aceitar definitivamente que aquela vida não existe mais e tenho que aprender a viver minha vida nova.
É muito estranho quando é arrancado de você a vida, isto mesmo a  vida. Não digo vida oposta de morte, mas tipo de vida, qualidade, sonhos interrompidos, etc,
Sinto como se vivesse encima de um muro sem saber para que lado saltar. De um lado é a minha vida anterior e do outro é uma vida amarga, sem sonhos, sem projetos, muitas vezes na solidão. Nessa segunda vida terei que trabalhar muito para me adaptar e fazer dela o melhor possível. Mas sinto que ainda não esta definido esta vida, ainda esta obscuro, sem brilho, sem luz. Não consigo vê-la nitidamente, ate que tento mas tenho medo do que ela quer me oferecer.
É assim que estou me sentindo...

sábado, 4 de junho de 2011

Entenda o que é a pielonefrite, uma infecção urinária grave que pode levar a sepse.



Recentemente tive Pielonefrite. 
Tenho uma prótese no rim esquerdo (duplo J ) que estava vencido o prazo para a troca que é de 6 meses e estava a sete com ele, talvez tenha sido isso não sei, mas aproveitamos e trocamos este duplo J. Tem este nome pois parece dois Jotas grudadinhos
 

Fig.5: Ilustração de um cateter duplo J. 
Lá fui eu, anestesia geral, cirurgia e muito muito antibióticos.

Logo abaixo registro uma pequena explicação dessa infecção que pouco se fala mas que é muito perigosa.

***********************************************************************
Chamamos de infecção urinária aquelas que acometem uma ou mais partes do trato urinário, ou seja, rins, ureteres, bexiga ou uretra. As infecções urinárias baixas são aquelas que acometem a bexiga e uretra. As infecções urinárias altas ocorrem quando há comprometimento de pelo menos um rim. As infecções da bexiga recebem o nome de cistite. As infecções da uretra são as uretrites. A infecções renais são chamadas de pielonefrite.
A infecção dos rins acontece de 2 maneiras. A principal via é a ascendente, quando bactérias da bexiga alcançam os ureteres e conseguem subir até os rins. Isto ocorre normalmente nas cistites não tratadas ou nos casos de colonização assintomática da bexiga por bactérias. Nem todas as pessoas relatam sintomas de cistite antes do surgimento da pielonefrite.
O segundo modo de infecção dos rins é pelo sangue, quando a bactéria em algum local do corpo, com nos casos de infecção da pele, viaja pela corrente sanguínea e se aloja no rim. Este tipo é bem menos frequente do que pela via ascendente. 
A pielonefrite é um caso potencialmente grave, já que estamos falando da infecção de um órgão vital. É um quadro que pode ter gravidade semelhante a uma pneumonia. Se não tratado a tempo e corretamente, pode levar a sepse e morteAlém da cistite, que é o principal fator de risco, existem outros fatores que facilitam a infecção dos rins. 
Podemos citar o uso de cateteres vesicais (algália), cirurgias urológicas, anormalidades anatômicas do trato urinário e doenças da próstata que causam obstrução do fluxo da urina.
O diagnóstico da pielonefrite é feito através dos sinais e sintomas clínicos e dos exames de sangue e urina. Através da cultura de urina (urocultura) é possível identificar a bactéria responsável pela infecção e indicar o melhor antibiótico.
 
Sintomas da pielonefrite
Os sintomas típicos da pielonefrite são febre, dor lombar, náuseas e vômitos. Podem haver também sintomas de cistite como dor ao urinar e vontade de ir ao banheiro com frequência, mesmo quando a bexiga está vazia. Outro sinal comum é a presença de sangue na urina (hematúria), que se apresenta normalmente como uma urina cor de Coca-Cola.

A pielonefrite é clinicamente dividida em 3 categorias:
- Pielonefrite aguda não complicada
- Pielonefrite aguda complicada
- Pielonefrite crônica

1) Pielonefrite aguda não complicada
Ocorre normalmente em mulheres jovens, sem antecedentes de doenças ou alterações na anatomia urológica.
O quadro clínico é de febre alta, calafrios, náuseas, vômitos e dor lombar. Os sintomas de cistite como ardência ao urinar podem ou não estar presentes.
Assim como nas cistites, a principal bactéria causadora de pielonefrite é a Escherichia coli.
Só há necessidade de internação em casos mais graves. Se o paciente tiver bom estado geral e for capaz de tomar antibióticos por via oral, o tratamento pode ser feito em casa.

2) Pielonefrite aguda complicada
A pielonefrite complicada é aquela que evolui com abscesso renal ou peri-renal, ou ainda necrose da papila renal.
Normalmente ocorre em pessoas com obstrução do trato urinário, bactérias resistentes aos antibióticos e em diabéticos.
O quadro clínico é igual ao da pielonefrite não complicada, porém apresenta pouca resposta aos antibióticos. Outra possibilidade é uma resposta apenas parcial com melhora do quadro mas com fadiga, mal estar e náuseas que duram por vários dias.
Pielonefrite que não melhora após antibioticoterapia apropriada deve ser estudadas com exames de imagens como tomografia computadorizada e ultra-som (ecografia).

3) Pielonefrite crônica
A pielonefrite crônica é um quadro de infecção urinária recorrente associada a má-formações urinárias, obstruções por cálculo renal ou refluxo vesico-ureteral (refluxo da urina da bexiga de volta para o ureter e rins). Costuma levar a insuficiência renal crônica, principalmente em crianças com refluxo urinário.
Qualquer quadro de infecção urinária deve ser sempre tratado com antibióticos. Medicamentos ditos "naturais" podem proporcionar alívio temporário, porém, apenas postergam o tratamento correto do problema.

Complicações da pielonefrite
Como já referido, se a pielonefrite não for tratada corretamente com antibióticos, existe um risco grande de evolução para sepse grave e óbito.