sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Cada um com a sua adrenalina


Oi pessoal.

Cheguei as 6 horas na cidade e mais ou menos 6 e 1/2 na casa dos meus pais.

Quando o ônibus parou lá estavam, minha mãe e meu primo-cumpadi.

O caminho foi tudo bem, sem nada de diferente, exceto que não consegui dormir nem um minutinho sequer. Insônia, ansiedade, sei lá!! Também estou com muito espasmos musculares, coisinha que incomoda!!!

Encontrei todos muito bem, Graças a Deus. Meu pai anda meio cansado ou preguiçosinho, sei lá! Acho que a barra que enfrentou deixou o cansaço de resquício. Se Deus quiser, logo ele volta a sua rotina.

Já beijei muito papito e mamusca e disse, muitas vezes, te amo te amo te amo.

A casa deles é show! É espaçosa e rodo em todos os cômodos. Isso para quem é lesado é como se tivesse num parque de diversão.

Mas as coisas, nesta viagem, não foram tão simples assim. Como disse anteriormente, viagem sempre tem adrenalina, kkk

Ontem à noite, cheguei faltando uns 20 minutos para eu embarcar. Foi na Rodoviária Barra Funda- SP. Mas como na maioria das vezes, deu zica...  

Cadeirantes tem que entrar pela lateral da rodoviária. Não tem acesso pelas rampas até a plataforma. Então, o portão que deveria entrar fica ao lado de onde fica os malaqueiros (pessoas que carregam malas, não estou xingando, kkkk ).

Não é permitido nem trafegar por onde os malaqueiros passam. Tem que ser por aquele, dito portãozinho, que uma única pessoa tem a chave. Você não entendeu errado; UMA ÚNICA PESSOA TEM A CHAVE.

Chamaram o indivíduo, várias vezes, pelo rádio, já que era o portador da chave daqueles dois cadeados que estavam num único portão que me impedia de chegar até o ônibus.

Imagina eu de um lado da plataforma e vendo o ônibus parado e todo mundo entrando. Pensei que já tinha perdido o ônibus mas como um milagre o motorista permaneceu ali, imóvel, sem pressa alguma.

Meu marido, que me acompanhou até a rodoviária, ficou muito nervoso e por isso euzinha tive que manter a calma, afinal, quando um perde as estribeiras o outro tem que controlar a situação.

Quando, finalmente abriu o portão, saímos feito uns doidos atravessando pelo meio das plataformas e desviando das pessoas. Meu marido carregando uma mala, de rodinhas, e eu rodando e gritando; - Sai da frente, sai da frente, dá licença!!!

Quando finalmente chegamos na minha plataforma o motorista, que estava ali no mesmo lugar que a quase 25 minutos atrás, de pé encostado num balcãozinho falou que não ia sair dali enquanto eu não chegasse. Disse que estava me vendo e percebeu que era a pessoa que estava faltando em seu ônibus.

Com ajuda do meu maridão consegui entrar no ônibus e com muito ciúmes precisei deixar colocar minha cadeira no bagageiro. Nessa hora vem a preocupação de como será que vão tratar minha companheira de todos os dias.

Engraçado, como criamos um sentimento por uma coisa. Agora entendo as falas de muitos lesados da net que se refere as cadeiras como parte do corpo.

Depois que eu estava acomodada, maridão foi embora, fiquei pensado na cena e dando risada sozinha. Sei que coisas deram erradas mas preferi valorizar a atitude do motorista.

Todas as paradas ele ia me perguntar se eu estava precisando de algo ou mesmo se queria descer um pouco, se oferecendo em me ajudar.

Sabe de uma coisa, viagem sem adrenalina não tem graça. Tem que acontecer algo para darmos risada e prestarmos atenção nas coisas boas que acontecem em nosso redor.

Graças a Deus, na minha vida aparece mais gente legal.

Só sei que cada vez que saio e acontece algo, engraçado ou atrapalhado, fico com a sensação de vitória, de liberdade, de coração leve e de saber que posso muito mais do que imagino.

É isso aí.

 

Beijinhos e fiquem com Deus.

Um comentário:

  1. Da próxima vez, se Deus quiser, iremos de carro. E com você dirigindo. Já pensou? Isso é outra adrenalina...

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