terça-feira, 4 de outubro de 2011

Lutar:sempre! Vencer: se possível! Desistir:Nunca!!!

Estou em falta com os amigos que me seguem, então estou aqui como prometi, para dar notícias fresquinhas sobre minhas consultas médicas da semana passada.
Como já havia falado fui ao Urologista e ele falou que tem mesmo que tirar o rim. Na terça fui ao AACD que me pediu três relatórios de médicos diferentes. A Dr Adriana (AACD) falou que meu caso é complicado por não estar estabilizado.
Na quinta fui ao meu oncologista e conversamos muito. Chegamos à conclusão que os remédios (hormonioterapia) estão sendo bom, afinal não estou totalmente sem dor, mas amenizaram um pouco. Ele ficou de ligar para meu Urologista para combinar como vai ser o procedimento (cirurgia). Na opinião dele se eu agüentar ate dezembro será bom, assim os remédios que estou tomando faz um pouco mais de efeito e não sofrerei tanto.
Ele explicou que a cirurgia vai ser muito grande e invasiva, e que a que fiz em dezembro de 2010 foi fichinha se comparadas.
Já estava chateada por tirar o rim, e agora também fiquei com medo da cirurgia. Desde que comecei a luta não tive medo mas agora... Acho que estou um pouco cansada.
Essa semana encontrei o médico que fez minha cirurgia da coluna, o mesmo que não me disse que estava com infecção hospitalar, o mesmo que não me deu oportunidade de escolha, o mesmo que agiu como um cachorrinho e se pos a defender e ser cúmplice do hospital, o mesmo que ignorou quando dizia que estava com dor. Esse homem (médico) não teve coragem de olhar na minha cara, não sei se arrogância ou vergonha. Tomara que seja o segundo item.
No fundo esperava que ele viesse falar comigo, perguntar como estou, se mostrar solidário. Eu acreditei naquele homem e depositei toda a minha esperança em suas mãos.
Relação médico /paciente tem que haver cumplicidade, confiança, etc... Nessa relação não fui correspondida. Demorei a perceber que estava numa via de mão única.
Voltei em seu consultório muitas vezes relatando as minhas dores, os meus sintomas da perda de força e ele não foi sincero.
Essa semana a minha nora (Jack) estava lembrando a última vez que fui ao seu consultório. Naquele dia fui determinada que fosse a última, mas fui com esperança que ele me falasse algo diferente e que eu estivesse errada. Não sentia só dor no corpo (abdomem, coluna, pernas fracas, etc) sentia uma agonia por estar perdendo a esperança. Fui enganada por ele quando disse que éramos amigos. Amigos não traem... Amigos não omitem...Amigos não abandonam...
Ele nunca me orientou para procurar outro especialista, e hoje entendo por que. Medo de me falarem que tinha havido dentro daquele hospital... Infecção hospitalar, negligencias, erros, etc...
Precisei ler o meu prontuário médico para começar a entender o que tinha acontecido de fato. Nisso tinha se passado mais de dois anos. É isso mesmo, fiquei mais de dois anos acreditando que naquele lugar (hospital) e aquele médico eram a solução para mim. Demorei para perceber que estava sendo enrolada. Com o prontuário em mãos comecei a procurar médicos, coisa que no inicio foi difícil, demorei achar algum que quisesse me tratar. Investigar de fato o motivo das dores. Muitos falaram que eu tinha que voltar ao hospital onde tudo começou.
Que coisa idiota, demorei em ter consciência dos fatos e depois ainda queriam que eu voltasse. Hoje não passo nem na calçada daquele lugar.
Nessa semana, o meu Uro falou que tem certeza que os tumores que tenho e não param de crescer e aumentar teve origem da infecção. Uma infecção que mal tratada ficou a infamação, e hoje tenho tumores infamatórios. O aparecimento do primeiro tumor foi na coluna e eu estava internada e gritando de dor...
Acima de tudo isso esta Deus e peço muito para não me tornar uma pessoa rancorosa. Tenho uma luta grande ainda pela frente, sei que a próxima cirurgia será mais uma fase e que tenho que continuar forte e ter muita fé (só em DEUS) para continuar minha caminhada.

Bom gente, essas são minhas notícias.

Beijinhos e fiquem com Deus
 

4 comentários:

  1. eu exclui sem querer o comentário da Déa, então fui ao meu email e copiei para postar aqui o recadinho dela. Desculpe Déa.

    Déa Prado deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Lutar:sempre! Vencer: se possível! Desistir:Nunca!...":

    O que a gente diz depois de tudo isso querida?
    Só que continuamos rezando e pedindo para Deus iluminar a vc e a todos aqueles que se encontrar na escuridão.
    Um beijo grande.

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  2. Lendo seu post, me veio várias coisas na cabeça. Relação médico-paciente, medo, fé, confiança, omissão.... são assuntos importantes e de grande peso. Penso que a relação médico-paciente deva ser uma relação, acima de tudo, baseada na verdade. Eu tenho médicos que me acompanham por muitos e muitos anos. São meus amigos. E uma dentre esses médicos faleceu há dois meses atrás. Eu ainda estou sem chão. Perdi uma pessoa em quem eu tinha extrema confiança, além de um carinho e amor muito grande. É essa relação que penso que deva existir com médicos. Odeio quando preciso ir a um pronto socorro e ser atendida por 'médicos' que nem escutam o que vc diz, não olham na sua cara, te tratam como um número. Quando essa relação médico-paciente é uma via de mão única, ficamos mesmo tristes. Com medo e inseguros. Eu tento entender tudo o que está acontecendo e entendo que por algumas vezes você se sinta triste, com medo, insegura, chateada, enganada. Acho que tudo isso deve fazer parte desse turbilhão de acontecimentos. O mais importante você já tem: fé em Deus. Penso que qualquer pessoa que não tivesse a fé que você tem e estivesse passando por tudo isso, já teria enlouquecido, sucumbido, se revoltado contra tudo e todos. A única coisa que posso dizer é que te admiro muito e oro muito por você. Grande beijo da Fabi.

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  3. Às vezes uma mudança drástica em nossas vidas faz com que possamos achar que é o fim
    mas quando paramos e refletimos percebemos que temos a oportunidade de mudar muita coisa com nossa capacidade de superação e motivação para com o nosso próximo
    mesmo com limitações físicas podemos ajudar quem ainda não descobriu essa força interior
    assim essa pessoa também poderá ajudar outras e acabamos formando uma grande “corrente do bem”.

    É assim que a vejo: um exemplo de pessoa que me encoraja e inpira a melhorar cada vez mais...........com certeza Deus te dará forças para superar ñ só mais essa cirurgia, mas tudo que vc precisar passar .......e eu estarei aki com vc para celebrarmos a vitória.........Um forte abraço minha amiga!!!!!!

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  4. Um grande amigo me deixou este email e me senti bem avontade de torná-lo público:

    Cara amiga Marcia: Saúde e paz. Li, reli, tornei a ler o texto que você postou com o título acima e achei que devesse fazer um comentário. Fiz o comentário no seu blog, mas por alguma das inúmeras ignorâncias minha, não consegui postar. Resolvi então escrever este email e deixar você muito ä vontade para postar ou não. Siguinti: Será que se fosse um produto (de marca famosa ou não) que comprassemos e ele nos fizesse algum tipo de mal, ficariamos calado ou fariamos uso dos mecanismos disponíveis, tais como: 0800; SAC; PROCON; OUVIDORIA, etc, etc, etc? Das inúmeras qualidades e predicados que você e sua linda família tem, um deles (no meu particular modo de ver) é a discrição. Sei que errar é humano, que o perdão é divino. Sei, tambem, que fé, esperança e caridade, são virtudes, chamadas de teologais pela igreja católica, e que, identificam ou devem identificar todo cristão batizado. Mas, sei tambem (e isso a vida me ensinou - não sei se certo ou errado) que a denuncia tambem é o anúncio da presença/ausência de Deus no meio de nós, principalmente quando essa denúncia não visa a solução do estrago feito, mas impedir que outros aconteçam, pois se entendi bem, o ambiente onde você diz ter visto o zero é o mesmo onde ele hipócritamente fingi exercer um digno papel. Desculpe minhas unhas compridas e minha lingua maldita. Um forte e fraterno abraço. Conte conosco e confie em Deus.

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